Na cidade de São Paulo, as ciclovias têm sido ponto de discussão política, econômica e social. Muito se fala sobre o dinheiro gasto com tintas e com os locais onde foram instaladas. O maior argumento usado pelos contrários ao projeto do Prefeito Fernando Haddad é de que, na capital paulista, as bicicletas não são usadas pela população.
Para provar o contrário, Mauro Mandil, também criador do “Choveu na Cantareira”, e Rodrigo Porto criaram o projeto Tem Gente na Ciclovia há pouco mais de três meses. O intuito deles é mostrar a todos que as ciclofaixas não só são importantes, como também vêm sendo usadas o tempo inteiro pela população. Além do site, eles têm um perfil no Instagram e uma hashtag, a #temgentenaciclovia.
Para fazer parte do projeto é bem simples. Ele é aberto a todo mundo, mesmo a quem não tem a rede social. Para quem é usuário, é só usar a hashtag ou marcar o perfil (preferencialmente seguir também, pois followers sempre são bem-vindos!). Para quem não tem uma conta, eles disponibilizam um e-mail (temgentenaciclovia@gmail.com) e ficam responsáveis por divulgar a sua passada pelas vias avermelhadas.
Agora a Prefeitura também está com seu próprio meio de divulgar aos paulistanos e demais moradores como e quanto as ciclovias vêm sendo usadas. O Laboratório de Inovação da Prefeitura de São Paulo (LabProdam) disponibilizou na web uma espécie de contador de ciclistas. Como ainda está em fase de testes, a ferramenta conta com pequenos erros e uma amostragem definida por quem passa na Avenida Faria Lima.
O funcionamento é fácil. Como consta no site, “a imagem de uma câmera simples alimenta o software que detecta e separa o que é fundo da imagem (estático) do que é dinâmico (pessoas, carros, ônibus e afins). A partir de uma delimitação do espaço, no caso a ciclovia, o software detecta apenas o que se passe naquele trecho”.
Legal, né?! E você? Já foi de bike hoje*?
* se você não é de São Paulo e não tem ciclovia na sua cidade, acompanhe o vídeo nos horários de pico de manhã (entre às 08h e às 09h) e à noite (das 18h às 20h).
Por Mayara Abreu Mendes